sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Um Brinde a 2011!

Um brinde às rugas de nossa testa
À cada vitória alcançada com esforço
Um brinde às perdas que nos fizeram crescer
Mataram nosso orgulho
E encheram nosso copo

Um brinde às amizades bem vestidas
No tempo ou na distância aí fora
Um brinde aos dorminhocos que veremos novamente
Boa companhia e memória

Um brinde ao passar de nossa juventude
E à morte da lascivia, mas não do encanto
Um brinde às lições ainda não aprendidas
E às tribulacoes às quais iremos ensinar

Abra sua boca e cante sua canção
A vida é curta assim como o dia é longo
Eu não posso te deixar, corpo
Mas eu posso te deixar uma canção
Este é o meu legado
Um brinde a você!

(Brooke Fraser)

Feliz Ano Novo a você, leitor do Guarda-Roupa
Você merece todo o nosso apreço!
Nos vemos em 2011, com muitos textos novos!
Um grande abraço!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Um Fio de Esperança


Alta madrugada. Tento dormir, mas os tiros não deixam. Olho para o lado e vejo meus filhos deitados , apenas um pano fino separa seus magros corpinhos do chão. A solidão, o medo, a tristeza me sufocam e uma lágrima cai. Sabe, é difícil chorar, às vezes penso que estou me transformando numa pedra, porém é necessário ser dura, pois só assim consigo sobreviver.
Amanhã será o ano novo... Como queria que tudo fosse diferente, mas minha imaginação só consegue me levar até aqui. Roubaram-me a habilidade de sonhar. Hoje, olho e vejo o real, minha realidade é miséria, dor e solidão... Não resta mais nada, qual será o futuro dos meus filhos? Não posso oferecer nada, e isso é cruel, corrói; nada, nada, nada... Esta palavra fica latejando em minha cabeça e parece que cria um eco, naaaaaaaaaaadaaaaaaaaaa.
Eu estudei, tinha o sonho de ser escritora, mas fui arrancada deste sonho por uma tragédia; não importa... E, meus filhos, ah!!! Meus filhos, nem sei se o mais velho continuará estudando, afinal de contas, preciso de alguém que me ajude financeiramente, e só me restou ele. Sabe, esse menino sonha , fala que nunca deixará de sonhar e que tudo é possível ao que crê; ele acredita que as coisas irão melhorar, que uma oportunidade surgirá.  Ele fala que isso é fé, e que aprendera que ela é poderosa. Quando digo algo sobre o pai dele, que fora embora, ele me diz que, agora, ele tem um Pai que não o abandonará jamais - Deus. Uma coisa eu sei, as circunstâncias que nós vivemos parecem não mais atingir meus filhos. O irmão mais velho leva todos à Igreja pela manhã e eles acreditam que tudo mudará.  Eu acabo de me lembrar de uma frase que ouvi nos tempos de escola, “a verdade não é o real, ainda que gêmeos” (Lidia Jorge). Sabe, meus filhos estão crendo em uma verdade superior, digo superior, porque consegue transformar a tristeza que os rodeia. Meus filhos não olham para a realidade, acreditam nesta verdade superior, acreditam em mudanças. Acreditam que com Jesus, tudo será diferente, acreditam em algo melhor, acreditam...   Uma coisa eu tenho que assumir, meus filhos estão sempre felizes, apesar de nossa medíocre realidade.
Os tiros cessam e eu estou a pensar: que diferença existe entre mim e meus filhos? Eles possuem paz e eu agonia, eles alegria e eu tristeza... Resolvo acordar meu filho mais velho e dizer a ele que quero o que ele e os irmãos possuem. E, que o Deus, a quem ele chama de Pai, me ajude.

Franciane Santana

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Surpresa no Natal


            Eu avisei, eu avisei. Compra logo essa passagem! Ela não me ouviu, deixou pra última hora e pronto, as passagens acabaram. Agora só vai poder chegar no dia 26. Vai perder toda comemoração de natal com a família.
Achei a voz dela desanimada no telefone. Não deve ter mais nada pra fazer naquela cidade. Ela deve estar morrendo de tédio. Se  eu pudesse ia pra lá, mas não tem como.  Por um lado é bom, pra ela aprender a não ser tão desorganizada, mas no fundo, estou morrendo de pena!
Só de pensar que ela vai perder o culto e o musical de natal na igreja. Os amigos vão perguntar por ela. Tia Lícia já tinha  ligado dizendo que vai fazer a rabanada que ela adora, disse que esse ano vai colocar mais leite condensado. Ainda bem que a mãe não mudou a receita do chester. Ano passado ela veio com uma história de chester recheado que comeu na casa de uma amiga, depois ficou dizendo que o da mãe era melhor, sei não... Por causa disso a mãe quase trocou a receita esse ano, pra fazer o tal chester recheado que ela gostou mais. A nossa árvore até que ficou bem bonita, ela ia gostar de ver.  Bem, vai ver no dia 26.
Eu disse a ela pra ficar tranqüila, aproveitar o natal com os amigos. Que é assim mesmo, que os filhos crescem, um dia seguem sua vida e os pais estão preparados pra isso. Disse pra ela não se preocupar, que nós estamos bem, mas... No fundo estou com muita saudade da minha menininha. Fiquei  o dia todo pensando nela criança, naquele ano que ela pediu uma boneca. Uma Emília, nunca vou esquecer. Lembro exatamente de cada detalhe daquela noite! Eu disse que não ia poder comprar, e ela ficou toda  desanimadinha. Mesmo assim se conformou, não fez birra, menina de ouro!  Eu coloquei a boneca dentro de uma caixa grande pra disfarçar. Quando ela descobriu o que era... Meu Pai!  Nunca vou esquecer a carinha dela!  Ele adorava a tal Emília, acho que essa boneca até foi uma influência pra ela  ficar tão espevitadinha. Ah! Os filhos crescem, mas sempre vão ser as nossas crianças.
Até desanimei um pouco pro amigo-oculto. Esse ano eu ia fazer um bem diferente, o amigo-olhudo, é  uma novidade. A gente vai brincando e trocando o presente com os outros, trocando é modo de dizer, vai tomando mesmo, ela ia adorar. Mas não posso ficar triste, afinal tenho minha esposa, os irmãos dela, que são meus filhos também. E natal é celebração do nascimento de Cristo. Mas esse natal não vai dar pra esquecer!
 
Quase que eu estrago tudo com papai agora no telefone. Tive que fazer muito esforço pra me segurar.
Tudo bem, reconheço que não sou a pessoa mais organizada do mundo. Mas imagine, se eu ia deixar pra comprar minha passagem na última hora e perder o natal com minha família, minha igreja! Nunca!
Até que eu estava animada pra ficar mais um tempo, tem tanta coisa pra eu fazer ainda nessa cidade, mas vai ficar pra uma próxima vez. Que saudade da minha caminha, dos meus amigos, da minha igreja, da comidinha da minha mãe! Minha mãe faz o melhor chester do mundo! Imagine, no ano passado eu comi um chester recheado com frutas na casa da Glorinha, nem chegava aos pés do que minha mãe faz. Dá pra acreditar que minha mãe ficou com ciúmes? Eu só comentei que a receita era diferente.
Duro vai ser engolir a rabanada da tia Lícia, como alguém consegue por tanto leite condensado numa rabanada? Não sei como aquilo não desmancha fritando. Mas eu finjo que adoro. Ela faz com tanto carinho! Será que eles arrumaram a árvore direito? Se eu não gostar eu desmancho e faço tudo de novo.
Vou falar com Papai, pra gente fazer um amigo-oculto que eu aprendi aqui, o amigo-olhudo. A gente troca os presentes com os outros durante a brincadeira, bem não é exatamente trocar... Papai não conhece, mas vai adorar é uma febre por aqui.
Às vezes acho que estou fazendo uma maldade com eles. Mas lembro uma vez que eu queria uma Barbie e o papai disse que não ia poder comprar, eu acreditei, né? Fiquei um pouco triste, mas estava conformada. Na noite de natal ele me deu um embrulho grande. Eu nem imaginava o que era, fui desembrulhando, era uma caixa dentro da outra e lá no final a minha Barbie. Nunca vou esquecer, lembro exatamente de cada detalhe daquela noite, era a Barbie Dentista. Acho que essa boneca até me influenciou a vir fazer odontologia aqui nessa cidade. Só quero ver a carinha deles quando eu chegar de surpresa...
Natal é uma data muito especial, mesmo. Pudera, é o nascimento de Cristo!  E esse natal não vai dar pra esquecer...
           
            Lenise Freitas

sábado, 18 de dezembro de 2010

Arlindo e seu "Caminho pra Vida"

    Arlindo saiu de casa. Aos 20 anos de idade, largou sua família no sertão cearense para garantir uma vida melhor para seus filhos. Sua pouca instrução e sua criação no meio dos animais da fazenda de sua mãe não lhe ajudavam muito. Seu pai morrera quando ainda era criança e a memória era turva quando tentava lembrar do seu rosto. Sua mãe sempre dizia: "Seu pai foi um homem de bem, só lhe faltava achar um caminho na vida". Aquilo sempre lhe voltava à mente, enquanto trabalhava, enquanto queria estudar e não podia, porque precisava sustentar seus irmãos: "eu preciso achar o meu caminho na vida".
    Antes de sair de casa, assistiu uma reportagem na televisão preto-e-branco da família. Falava do estado de São Paulo, um estado que oferecia grandes oportunidades, onde a economia estava caminhando bem, e tudo acontecia. Decidiu-se de pronto: "vou pra São Paulo". Não pensou se seria esta a melhor opção, não considerou as dificuldades que poderia encontrar. Simplesmente foi. Sua mãe, apesar do grande pesar da despedida, apoiou sua atitude. Não deixou, porém, que seu filho fosse sem levar a única Bíblia que eles tinham em casa. "Você vai precisar mais do que eu, filho. Aqui eu consigo outra com os amigos da Igreja". E lá se foi Arlindo, na longa viagem até o seu sonho: "achar o seu caminho na vida"
    No meio da viagem, porém, ele se sentiu incomodado com o banco desconfortável, e procurou algo pra distrair a sua mente. A única coisa que tinha levado, além de algumas roupas, um ou dois sapatos já usados, uma vontade de vencer e um coração aberto, era a Bíblia. "Não tem outra coisa, vai essa aqui mesmo". Abriu a Bíblia e folheou algumas páginas. Nada parecia fazer muito sentido, até que ele achou uma parte lá que falava assim: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida". Aquela palavra "caminho" tinha um sentido pra ele. Ele parou pra pensar, continuou lendo, e conheceu aquele que tinha falado aquelas coisas há muitos anos atrás. Reconheceu o nome famoso, mas não sabia nada dele. E, aos poucos, Arlindo "achava o seu caminho na vida". Em direção à vida.
    Hoje, alguns anos depois, Arlindo está casado, feliz, com dois filhos. Ele se sente feliz consigo mesmo e em paz com Deus. Conseguiu trazer sua mãe e seus irmãos. Ninguém conseguia explicar, mas aquele homem que não tinha estudo nenhum parecia fazer de tudo, e muito bem. Aos poucos, ficou conhecido na vizinhança como aquele que faz tudo com excelência. E isso lhe colocou em posição de destaque. Quando perguntado com quem tinha aprendido aquilo tudo, dava sempre a mesma resposta: "Aprendi quando achei o meu caminho na vida"

Felipe Aguiar

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A História da Borboleta Pequenina

Era véspera de natal. Todos no jardim do bosque estavam muito animados, pois iriam assistir ao Auto de Natal. Todos menos uma pequenina borboleta escondida no roseiral.
O grilinho que era metido a conselheiro se aproximou:
- Cri cri! Bom dia Dona borboleta pequenina! A senhora não vai se aprontar para a festa? Está quase na hora...
-Não, Senhor Grilo. Obrigada, mas eu prefiro ficar aqui!
A joaninha parecia árvore de natal, pois era verde com bolinhas vermelhas. Nesse dia se sentia muito importante. Também foi falar com a borboleta:
- Olá Dona Borboleta! Como estou? Acho que estou parecendo uma árvore de natal, não acha? E a senhora? Não vai se aprontar?
- Não, não! Obrigada, mas eu preciso ficar em casa mesmo!
Afinal, por que a borboleta nunca saía de casa e não queria ir nem a festa de natal? Todos os anos era a mesma coisa, só a borboleta não ia à festa. O vaga-lume, que era sentinela e tudo observava, tinha ouvido do primo do primo do seu primo, que era sentinela do outro lado do bosque, esta história da borboleta.
-Dizem que ela ficou assim depois de sua metamorfose. Pois quando era lagarta sonhava em ser uma grande borboleta, com asas grandes, toda colorida. Mas quando saiu do casulo, coitadinha! Viu-se transformar em uma borboleta pequenina, feiticeira, toda cinzenta...  A pobre então, passou a viver escondida no roseiral, com vergonha de sua feiúra!
Um coral de canarinhos do alto de uma árvore, animados e comovidos com o espírito natalino, resolveram cantar para a borboleta. Quem sabe com uma boa música ela não se animaria?
-Borboleta pequenina saia fora do rosal! Venha ver quanta alegria que hoje é noite de natal!
A borboleta então  também cantando respondeu aos canarinhos:
-Eu sou uma borboleta pequenina e feiticeira. Ando no meio das flores procurando quem me queira.
            Mas nada fez, não se moveu e continuou triste e só.Os canarinhos desistiram e voaram para a festa.
Mas aquela música parecia ter tocado a borboleta. O tempo foi passando, a noite caiu e ela foi pensando:
- Ah! E se eu ficar bem de longe escondida no meio da multidão?  Talvez ninguém perceba! É  isso! Vou ficar escondida! Deve ser lindo o teatro, com um cenário maravilhoso, um palácio com certeza, e um berço de ouro com muito luxo e riqueza. Grandiosos figurinos para os personagens que vão visitar o menino, reis príncipes, só gente importante como convém ao filho de Deus!
Chegando na praça ela se escondeu bem no alto para que pudesse ver tudo sem ser vista. Mas ao iniciar o auto! Que surpresa!
-Não pode ser Maria e José! Os pais de Jesus chegam em um jumentinho? E Jesus nasce em um estábulo cercado de ovelhas e bois? Quem são esses simples pastores? Como podem chegar perto do Menino Deus?
Era como se a borboleta saísse de seu casulo e nascesse de novo, pois descobrira que o filho de Deus nasceu humilde num lugar muito simples, sem cores, nem grandeza como ela própria se sentia. Ela compreendeu que o filho de Deus e o natal são para todos!
O auto chegava ao fim, e ela ouviu o narrador dizer:
- Bem aventurados os feios, os pobres, os doentes  e abandonados. O Natal existe para trazer esperança aos aflitos, perdão aos pecadores, alegria aos tristes e consolo para os que sofrem.
A pequena borboleta saiu do esconderijo e nasceu para a vida.
- Olha, olha! Uma procissão de crianças, vestidas de anjos, e elas estão voando como eu! Quantas fitas, flores e cores! Eu quero cantar, dançar e anunciar que é natal. É natal! É natal!
 Enquanto isso, a procissão das crianças seguia cantando:

Borboleta pequenina!
Venha para nos saudar!
Venha ver cantar o hino que hoje é noite de natal

Conto de Lenise Freitas escrito a partir da música folclórica Borboleta Pequenina criado especialmente para o Programa  Zé Zuca e a Rádio Maluca, da Rádio Nacional Rio de Janeiro em Dezembro de 2004.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Natal Antecipado

Era uma vez uma pequena família que vivia em uma pequena cidade do estado americano de Illinois. Austin e Julie Locke eram um casal feliz. Ainda mais ficaram, depois da chegada de seu filho, Dax. Sua chegada foi aguardada com muita expectativa.
Porém, aos 13 meses de idade, uma batalha se colocou à frente do casal. Dax foi diagnosticado com um caso raro de Leucemia. No Hospital de St. Jude, onde a doença foi diagnosticada, os pais receberam apoio da equipe médica, e ambos receberam com alegria a notícia de que eram compatíveis para o transplante de medula. E ambos o fizeram.
Porém, o estado de Dax era muito crítico. O câncer era de um tipo raro, e os tratamentos eram incertos. Os médicos chegaram à conclusão de que Dax não sobreviveria até o Natal. A família ficou em estado de choque.
Mas, após o primeiro susto, o pai de Dax teve uma ideia. Ele iria fazer de tudo para que seu filho vivesse, pelo menos uma vez, a experiência de um Natal. Era ainda setembro quando decidiu decorar a sua casa com motivos natalinos. Os seus vizinhos não entenderam, e foram questionar Austin:
- O que você esta fazendo? O Natal ainda está muito longe, e sua casa já está toda decorada! Quando chegar o fim do ano, tudo vai perder a graça e o sentido...
Eles não sabiam o motivo pelo qual ele fazia tudo aquilo. Mas, ao contar para o primeiro vizinho a razão de tudo aquilo, o que estava passando com o Dax, e o seu objetivo de levar o filho à experiência do Natal que possivelmente seria a única em sua vida, a história mudou.
Aquele vizinho, prontamente, decorou também a sua casa para o Natal. E, uma a uma, a vizinhança toda se uniu em um Espírito Natalino (no melhor dos sentidos) para proporcionar a Dax e sua família um Natal Antecipado. Os vizinhos criaram um blog contando a história da família, e pouco a pouco começaram a chegar cartas e fotos de todo o mundo, famílias inteiras com as casas decoradas muito antes do tempo em homenagem ao Dax. A notícia chegou ao telejornal local, e então, de uma rua apenas, TODA a pequena cidade foi decorada antes do tempo para o Natal.
Ele teve um Natal inesquecível. As luzes de sua rua o encantavam, toda vez que saía de casa para ir ao hospital e voltava. Dax dava sinais de uma felicidade incontida, e um encanto verdadeiro que só uma criança consegue demonstrar no olhar. No dia 27 de outubro, família, amigos, e até desconhecidos vieram à sua casa, com presentes, velas, e todas as comidas típicas de natal. Ele estava fraco, mas tinha um sorriso no rosto. Era difícil de acreditar que um ser tão frágil e tão pequeno podia transbordar com tanta alegria por tal festa. Os médicos disseram que ele não iria aguentar até o Natal, mas para surpresa de todos, ele suportou os dois! Em dezembro, ele aguentava firme, e teve um Natal na época "correta"!
Esta é a história de uma família que fez de tudo para que seu filho pudesse ver o Natal. Para que ele pudesse suportar até o último verso de "Noite Feliz". E que conseguiu...
Aos dois anos, Dax perdeu a batalha contra o câncer. Mas sua família decidiu continuar o seu legado, e estão dispostos a fazer o Hospital de St. Jude funcionar um dia inteiro com recursos privados em homenagem ao Dax.
Os pais de Dax estão bem perto de alcançar o seu objetivo. Esta é uma história real.
Para ajudá-los e unir-se ao verdadeiro Espírito Natalino, você pode acessar o site:

http://www.daxlocke.com/

Assista também o clip da música criada por Matthew West em homenagem ao Dax:

Feliz Natal (Antecipado!!!)

Um Último Natal

É uma notícia que ninguém espera

É o maior medo de todo pai
Descobrir que o filho que você tanto ama
Talvez não sobreviva até o fim do ano
E agora o pensamento de passar o Natal
Sem ele parece errado
Eles oravam por um milagre
Agora há orações para que ele possa apenas continuar

Por um último Natal, uma última noire
Uma última estação em que o mundo está ajustado
Uma última estória contada
Um último verso de "Noite Feliz"
Eles dariam tudo para que ele tivesse
Um último Natal

Meio de setembro
Ainda 20ºC
O pai sobe até o sótão, desce com as velas
coloca as luzes em todas as árvores
Então os vizinhos começam a perguntar
E, num instante, a notícia se espalha
Primeiro foi a vizinhança
E em pouco tempo eles acenderam a cidade inteira

Vinte e sete de outubro
O seu tempo estava acabando
Família, amigos e até estranhos
Que eles não conheciam trouxeram presentes
Ele estava fraco, mas estava sorrindo
Como se nada estivesse errado
Disserem que ele não sobreviveria
Mas parece que ele vai ver o Natal, depois de tudo

Por um último Natal, uma última noite
Uma última estação em que o mundo está ajustado
Uma última estória contada
Um último verso de "Noite Feliz"
Eles dariam tudo para que ele tivesse
Um último Natal




Felipe Aguiar